domingo, 3 de outubro de 2010

dias intermináveis...




passam dias,
passam horas,
aqui estou à deriva dos dias sombrios
malditas horas fulguras dessa manhã;

quanto se paga;
quanto se fere;
aqui estou, a pagar este preço
à fenecer nesse murmúrio;

deixam-se amores,
sonhos,
matam-se sonhos,
amores...

nesse desatino de viver
vou tentando me achar
e dessas dores esquecer
e encontrar essa chance

passam-se os dias
passam-se as horas,
e mais uma vez aqui estou,
perdida nos dias;
perdida nas horas...

3 comentários:

  1. Passam os dias, passam as horas e eu acredito nos sonhos.

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  2. Minha formação não é em Letras, é em História. O sistema que utilizei no poema é criação do próprio Alberto da Cunha Melo, batizado de retranca. Como quis homenagear o poeta, escrevi o poema de maneira que representasse as suas duas fases mais importantes: a da retranca e a dos octossílabos brancos. Por isso Retranca branca. Tudo que aprendi em poemas foi lendo poesia e escrevendo poesia. Sempre me preocupei com a maneira de como o poema é escrito, foi assim que me fiz poeta.

    Bom, não sei o seu nome...

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