sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Ventos ao sul...




De ir-me assim aos ventos norte
me dou assim, ao seu encanto de jasmim;
Desse frio doce do amanhecer,
acaricio sua sede de viver...

Das fontes límpidas do rio que corre nessa beira
bebo até não ter mais o chão, 
o sopro das montanhas sul, vêm da corredeira
de marfim, e no balanço desse silêncio me vou nesse vão

Cheios de ilusão,e na cabeça
só uma coisa, ir-me e vagar
carregando somente os cheiros de camurça;
Se aprofundando para se entregar

De ir-me assim tão distante
vago na penumbra escura dos teus olhos cor de carmim
Querendo achar-te  completo e inconstante
e nas fontes amenas, beber-te como vinho que desce;

Tiras-me dessa prisão, te preciso
de mais um minuto, para dizer-te
era segredo, mas, confessar-te necessito
Amo-te a muito tempo, e guardo-te

Mas, tenho que ir-me, de longe venho
para perto irei-me, deixa-me então
Somente amar-te assim

Na vaga lembrança, nos dias nublados
no chuvisco das montanhas serenadas
Canto essa canção para feliz ficar
e assim não vagar-me mais só...

Um comentário:

  1. Belo canto, Denise. Belo canto! Gostei muito, parabéns e obrigado por ter compartilhado suas palavras com os seus leitores. Tenha uma boa semana.

    ResponderExcluir

Tentando entender...

 Talvez todos nós estejamos perdidos nesse mundo louco e hostil. Talvez todos ainda estejamos em busca constante do final feliz ideal. Talve...