De ir-me assim aos ventos norte
me dou assim, ao seu encanto de jasmim;
Desse frio doce do amanhecer,
acaricio sua sede de viver...
Das fontes límpidas do rio que corre nessa beira
bebo até não ter mais o chão,
o sopro das montanhas sul, vêm da corredeira
de marfim, e no balanço desse silêncio me vou nesse vão
Cheios de ilusão,e na cabeça
só uma coisa, ir-me e vagar
carregando somente os cheiros de camurça;
Se aprofundando para se entregar
De ir-me assim tão distante
vago na penumbra escura dos teus olhos cor de carmim
Querendo achar-te completo e inconstante
e nas fontes amenas, beber-te como vinho que desce;
Tiras-me dessa prisão, te preciso
de mais um minuto, para dizer-te
era segredo, mas, confessar-te necessito
Amo-te a muito tempo, e guardo-te
Mas, tenho que ir-me, de longe venho
para perto irei-me, deixa-me então
Somente amar-te assim
Na vaga lembrança, nos dias nublados
no chuvisco das montanhas serenadas
Canto essa canção para feliz ficar
e assim não vagar-me mais só...