quarta-feira, 24 de outubro de 2012

tomando um gole





Tentando afogar as mágoas em um copo pequeno de doce conhaque vermelho, limitado ao fracasso do dia a dia, teimoso e estressante como um tenso dia de trabalho, afoguei todas as angústias daquele dia, ali, naquele mesmo copo vermelho como sangue, cheio das purezas da garrafa ainda virgem, aberta apenas pelo meu pedido, no momento propício me aliviou, mas depois senti aquele gosto amargo, descendo pela garganta, tão estranhamente, que me deu náuseas, corri para o banheiro e, em posição de agachamento, me curvei em frente à privada, e como se fosse cuspir algo entalado na garganta, apenas abri a boca e deixa sair... logo em seguida volto para a mesa da bancada do bar, e peço mais uma dose ao barman, do mesmo líquido vermelho como sangue, porque naquele momento, senti tudo se esvair, queria mais, queira mais uma dose de esquecimento absoluto.

Um comentário:

  1. Muitas vezes queremos esquecer, mas o que verdadeiramente nos sustenta, é se lembrar.

    Beijo e lindo fim de semana, e vida!

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